27.4.14

Entardecer no cais

Na marina sobranceira
As ondas espoucam, afáveis,
Banhando as gretas estáveis
Do extenso pier, peninsular.

O sopro meridional envolve,
Em impetuosos afagos eólicos,
Os albatrozes e lhes é acólito
Ao adejo leve de seus pequeninos corpos.

Vagueiam as nuvens dissímeis,
Bailam as folhas outonais, 
Libertas das árvores do cais,
Graceja a tarde provecta

Eivada da doce romaria
Do incipiente deâmbulo lunar
E sua calma aliança com o mar,
As marés em eterno movimento.



(Rio de Janeiro, aos 11 de dezembro de 2006)

11.4.14

Sonho cósmico

Fazenda de fótons,
...império de massa e velocidade,
......Bósons primordiais,
anéis planetários,
...incertezas quânticas -
Somos poeira viva
de um dos universos,
explosões antes das quais
havia o quê ?

.....Relativos, celeritas,
...Luz - que permite ver,
...........forças gravitacionais
...Por quê são ?
E água e luas,
...dançarinas, planetas,
......cinturões e atros buracos,
tão fundos quanto negros;
...o Tempo explodiu junto com tudo isso, um dia
..fazendo ser,
que ser é acontecer,
..................portanto no Tempo e só
nele se pode.......... ser.
..Estrelas, raios cósmicos,
..........Anãs brancas...
O Cosmo.


Rio de Janeiro, Aos 11 de Abril de 2014